quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A minha vida é um inferno

A minha mulher está grávida de 2 meses e meio, e pos-me fora de casa à 4 dias.
Agora penso que não quero voltar, sempre fui muito maltratado, desde antes do casamento, ela por tudo e por nada descontrola-se e grita altissimo, atira com coisas...
não aguento mais isto, agora que está grávida tá pior, mas a verdade é que não foi a gravidez que mudou alguma coisa, sempre foi assim.
mandou-me embora, perguntei várias vezes se era isso mesmo que ela queria, ela insistiu para eu sair, agora quem não quer voltar sou eu.
para que? para voltar tudo ao mesmo, é sempre a mesma coisa, ela saiu várias vezes de casa e sempre voltou, mas isso nunca mudou nada.
mais vale estarmos separados e termos o filho, do que dar um ambiente de merda ao bebe. naquela casa nunca se está feliz, estou constantemente em estado de alerta para não fazer nada que a possa enervar, e mesmo assim não consigo, ela na mais pequena coisa enerva-se.
tá-me a custar muito, ta a ser das fases mais dificeis da minha vida, já nao é a primeira vez que nos separamos, mas desta vez é diferente, tem que ser, a nossa vida tem que mudar.
e agora há um bebe para nascer o que torna as coisas muito mais dificeis, acho que vou perder o meu filho, não vou poder ser o pai que sempre quis ser, e esse sentimento vai-me acompanhar toda a vida. mas não aguento mais ouvir um grito que seja e não quero que o meu filho os ouça. ia sofrer muito se ficasse com ela, mas secalhar sofro mais afastado dela e do meu filho, que não vou poder acompanhar como queria, embora vá sempre ser meu filho e vou tentar estar com ele sempre que possa. mas ao menos assim o meu filho cresce com pais separados, mas nao cresce dentro de um lar carregado de "dinamite", isso ainda ia fazer pior.
só espero ter força para aguentar esta ideia que estou a tentar interiorizar o mais possivel como sendo a correcta.
apenas quero ser feliz, dar oportunidade a ela de ser feliz porque comigo, não sei porque, nao consegue, e agora principalmente ao meu filho, que possa crescer sem ver os pais a agredirem-se constamente, pelo menos em palavras.

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