sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Que vai ser do meu filho

Será que vou ser um bom pai se me mantiver afastado da mae do meu filho? Será que o devo fazer, será que nos devia dar mais uma oportunidade de sermos felizes juntos ?
Eu acho tão improvavel sermos felizes, queria ao menos dar o melhor para o meu filho, e não estar longe dele.
Eu gosto dela claro, e vou sempre gostar, mas a questão não é essa. Magoamo-nos um ao outro, a falta de respeito e de confiança que existe, os disturbios, as explosões...

Existe uma pressão constante, mesmo quando se "está bem", não posso ser eu próprio, tenho medo de premir algum gatilho, com alguma palavra, algum gesto ou acção.

Então fico apático, não quero que o meu filho tenha um pai sem personalidade, um pobre de espirito em que me tornei.
Só queria ser eu proprio, sem que isso a incomodasse. Não faço nada de mal, considero-me um bom marido, e poderia ser muito melhor se me deixassem ser feliz.

Podiamos ser tão felizes os três juntos.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

O meu filho a crescer

aqui tinha 4 semanas, apenas um pontinho. um pequeno ponto que podia representar tanta felicidade se os adultos cá fora se soubessem comportar



aqui com 6 semanas, começa a ganhar forma e o mundo cá fora prestes a explodir


ja tá todo formadinho, agora é so crescer e esperar ser feliz. eu sei que nunca o vou ser, espero é ter a oportunidade de ter o meu quinhão na sua felicidade


porque é que os pais são tão burros, não aguento mais este ambiente e não é isso que quero para ele, prefiro assim para ele ser mais feliz, pelo menos é o que acho, não sei...já não sei nada...

Vejo-te a dormir

Este texto foi retirado do blog http://amoresilencio.blogs.sapo.pt/ e espelha bem o que tem sido a minha vida desde de que estou com a minha mulher

"Vejo-te dormir sossegada, calma e serena. Ainda há pouco discutíamos e agora, dormindo serena, já não apreces a fera que eras à duas horas atrás. Porque disseste o que disseste? Porque me magoas deliberadamente. Porque tem de ser sempre assim?
Tens o condão de despertar em mim tudo o que há de mau. Tudo aquilo que tenho medo que os outros vejam. Tudo aquilo que eu tenho medo de ser, e sou. Salta cá para fora tudo aquilo que enterrei bem fundo, onde eu julgo que nem eu posso encontrar. A raiva, a violência. O ódio. Sempre me considerei uma pessoa pacata. Nunca gostei de levantar grandes ondas, nem discutir só por discutir. Mas tu consegues-me tirar do sério. Esquecer todos os ensinamentos Budistas que abundam a minha cabeça. Consegues-me fazer esquecer quem sou, quem quero ser.
Amo-te com a força de mil guerreiros da Luz. Amo-te e faria tudo por ti. TUDO! Mas sinto que me fazes mal. Que me matas aos poucos por dentro. Apenas tenho medo que um dia, me esqueça do que quero ser e deixe vir ao de cima a verdadeira besta. Aquilo que eu não quero ser. Aquilo que todos conseguimos ser numa altura ou n'outra da nossa vida. Nessa altura, só peço coragem e força para voltar a adormecer o bicho. Voltar a ser eu.
Depois vejo-te assim, serena e calma. A dormir. Imagino o teu sonho. Imagino o que te passará pela cabeça. Sem nunca desejar de facto saber o que por lá anda. Isso nunca. Não conseguiria sobreviver a pensar que pensas o que acho que pensas. Tenho medo que me deixes. Pavor mesmo. No entanto, em certas alturas penso que seria o melhor. Melhor para ti. Melhor para o nosso filho. Em ocasião nenhuma ele poderá ver a pessoa que eu posso ser. Não quero. Não posso. Não seria justo. Não para ele. Tem tempo para perceber o quão más as pessoas podem ser. O quão vis e insensíveis.
Ele tem tempo para ver a raiva e o ódio. Deixa-o viver ainda no mundo de fantasia. Tem tempo. Agora, aqui, acordado, com o mundo inteiro a passar-me pela vista, penso o que devo fazer. O que é mais simples? O que é mais correcto? O que é mais justo? Sinceramente, não sei. Não consigo tomar esta decisão. Não consigo. Sou um fraco. Mas sou eu.
Não sirvo para muito. Mal consigo manter esta casa. São mais os problemas que trago que os que resolvo. E mesmo os que resolvo, normalmente é apenas para criar mais problemas. Sei que o problema sou eu. Mas vou resolver isto. De uma vez por todas. E tu, e principalmente ele, ficarão para sempre bem."

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

QUE É QUE FAÇO ???
isto é um pesadelo, so queria acordar e ver que nada disto é real.

força, preciso de força para continuar...

A minha vida é um inferno

A minha mulher está grávida de 2 meses e meio, e pos-me fora de casa à 4 dias.
Agora penso que não quero voltar, sempre fui muito maltratado, desde antes do casamento, ela por tudo e por nada descontrola-se e grita altissimo, atira com coisas...
não aguento mais isto, agora que está grávida tá pior, mas a verdade é que não foi a gravidez que mudou alguma coisa, sempre foi assim.
mandou-me embora, perguntei várias vezes se era isso mesmo que ela queria, ela insistiu para eu sair, agora quem não quer voltar sou eu.
para que? para voltar tudo ao mesmo, é sempre a mesma coisa, ela saiu várias vezes de casa e sempre voltou, mas isso nunca mudou nada.
mais vale estarmos separados e termos o filho, do que dar um ambiente de merda ao bebe. naquela casa nunca se está feliz, estou constantemente em estado de alerta para não fazer nada que a possa enervar, e mesmo assim não consigo, ela na mais pequena coisa enerva-se.
tá-me a custar muito, ta a ser das fases mais dificeis da minha vida, já nao é a primeira vez que nos separamos, mas desta vez é diferente, tem que ser, a nossa vida tem que mudar.
e agora há um bebe para nascer o que torna as coisas muito mais dificeis, acho que vou perder o meu filho, não vou poder ser o pai que sempre quis ser, e esse sentimento vai-me acompanhar toda a vida. mas não aguento mais ouvir um grito que seja e não quero que o meu filho os ouça. ia sofrer muito se ficasse com ela, mas secalhar sofro mais afastado dela e do meu filho, que não vou poder acompanhar como queria, embora vá sempre ser meu filho e vou tentar estar com ele sempre que possa. mas ao menos assim o meu filho cresce com pais separados, mas nao cresce dentro de um lar carregado de "dinamite", isso ainda ia fazer pior.
só espero ter força para aguentar esta ideia que estou a tentar interiorizar o mais possivel como sendo a correcta.
apenas quero ser feliz, dar oportunidade a ela de ser feliz porque comigo, não sei porque, nao consegue, e agora principalmente ao meu filho, que possa crescer sem ver os pais a agredirem-se constamente, pelo menos em palavras.